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1. |
vinha a cantar
03:42
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Vinha a cantar
Hoje à noite há baile
A chuva cai
Mas ninguém arreda pé
Abre o guarda chuva e encosto-me a ti
Até não quereres mais
Tu e eu e o tempo que resta
A ver a banda tocar
Tu e eu e o tempo que resta
Trocamos olhares
Nem as dores no corpo, nem tudo em que penso
Parece importar
Já nada me entorta o dia
Hoje somos livres, somos mais felizes, estamos mais ligados!
Há carne em dias de festa
Amores que não se repetem
Cada um por si, pelo escuro...
De casaco ao ombro,
Voltava sozinha a pensar em ti
E não tinha medo... E não tinhas medo?
Não... porque vinha a cantar
De manhã quando sol aparecer
Fico a ver a lama, mais uma semana, até voltar ao baile!
Hoje somos livres, somos mais felizes, estamos mais ligados!
Há carne em dias de festa
Amores que não se repetem (vou voltar ao baile)
Há carne em dias de festa (vou voltar ao baile)
Amores que não se repetem
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2. |
Estendais
03:34
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Estendais
Está-me a escapar qualquer coisa
Mas eu não sei bem o que é que é
Não estavas capaz não vinhas
Também não sei bem ao que é que vim
Saltei os muros dos quintais
Tropecei nos beirais
Confundi cores nas roupas espalhadas em estendais ao ar
... daqui nada vou dormir...
Estender as pernas e deixar o humor fluir
Vinhas puxar o assunto
Não te calaste, não te entendi.
Deixa-te lá dessas coisas
Que eu também já andei aí
Vivi uns tempos como quis
Já nem me lembro do que fiz
Bebi de livros deixados no armário a apodrecer ao ar
... daqui nada vou dormir...
Estender as pernas e deixar o humor fluir
Atiro os ossos para aqui
Os olhos para ali
É só ir
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3. |
Aos olhos da aldeia
02:27
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Aos olhos da aldeia
Marcamos encontro junto à árvore
Aquele grande ao pé da mina de água
Escondidos aos olhas da aldeia
Quero ouvir coisas bonitas
Como são ditas lá nos filmes
Vem cantar-me ao ouvido
Vou já atrás de ti
Pelos campos fora
Vem falar comigo
Vá Não te vás embora
Vês a terra bem tratada
Com trabalho e empenho
Este amor também há de crescer
Trato bem de ti
Sabes bem que sim
Toma lá uma flor
Vá, só mais um beijinho
Meu amor no campo é assim...
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4. |
O monstro
04:39
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O monstro
Fomos passear à costa
Em dia de temporal
Perdidos no tempo
Ao longo do areal
Descalços pelas rochas
Ao longe a fugir de um cão
Gaivotas ao vento
Penas pelo chão
Na linha da maré
Só se via madeira e plástico
Na linha da maré
espuma embrulhada em cabos de plástico
O mal é que se via que ia dar nisto
Foram anos de uso desenfreado disto
Mas ninguém nos livra, nem ninguém nos tira das garras do monstro Criámos um monstro
E agora ao sair de casa
Que paisagem é esta?
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lobo mau Portugal
Uma guitarra, duas vozes.
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